A Dislexia é considerada um Transtorno Específico de Aprendizagem (TEAp) de origem neurobiológica, caracterizada por dificuldades no reconhecimento preciso e/ou fluente da palavra, na habilidade de decodificação e em soletração. Essas dificuldades normalmente resultam de um déficit no componente fonológico da linguagem e são inesperadas em relação à idade e outras habilidades cognitivas. (Definição adotada pela IDA – International Dyslexia Association, em 2002. Essa também é a definição usada pelo National Institute of Child Health and Human Development – NICHD).
É um distúrbio que dificulta o
aprendizado e a realização da leitura e da escrita. O cérebro, por razões ainda
não muito bem esclarecidas, tem dificuldade para encadear as letras e formar as
palavras, e não relaciona direito os sons às sílabas formadas. Como sintoma, a
pessoa começa a trocar a ordem de certas letras ao ler e
escrever. Entenda: dislexia não tem nada a ver com Q.I. (quociente de
inteligência) mais baixo. Disléxicos se atrapalham com as palavras, mas
costumam ir bem nos cálculos, por exemplo. O comportamento varia também. Há
disléxicos desorganizados e outros metódicos; existem aqueles falantes e outros
muito tímidos. A disfunção afeta preponderantemente o sexo masculino: são
três meninos para cada menina.
Existem diversos graus de intensidade e o
diagnóstico costuma ocorrer na infância, quando a criança está aprendendo a ler
e escrever. Não é raro, porém, que casos mais leves sejam surpreendidos na
adolescência ou fase adulta. A abordagem com a dislexia se torna
importante ao considerarmos que ela pode limitar o desenvolvimento nos estudos
e na carreira e, em casos mais severos, levar ao abatimento e à
depressão.
Segundo a Associação Brasileira de Dislexia, a
dislexia está presente entre 5% e 17% da população mundial, podendo afetar a
área visual e auditiva. Geralmente, é diagnosticada na infância durante o
período de alfabetização, embora também possa ser diagnosticado em
adultos. Este distúrbio possui 3 graus: leve, moderado e grave, o
que interfere no aprendizado das palavras e da leitura.
Apesar de ser o distúrbio de maior incidência nas salas de aula, um
estudo apresentado na Associação Britânica de Dislexia afirma que cerca de 70%
dos profissionais das áreas de saúde e educação têm pouco conhecimento sobre
ele. Lentidão na aprendizagem, dificuldade de concentração, palavras escritas
de forma estranha, dificuldade de soletrar e troca de letras com sons ou
grafias parecidas são alguns sinais de dislexia.
Créditos:
Imagem: Rafaela Fonseca Gontijo.
https://www.youtube.com/watch?v=PGsmPxSdWUE
Referências:
RODRIGUES, Sônia das Dores; CIASCA, Sylvia Maria. Dislexia na escola: identificação e possibilidades de intervenção. Rev. psicopedag., São Paulo , v. 33, n. 100, p. 86-97, 2016 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862016000100010&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 11 fev. 2021.
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